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Fisioterapia após AVC: estimulação sensorial para recuperar o controle e funcionalidade

Nosso corpo possui receptores que captam informações tanto do ambiente externo quanto do nosso próprio organismo. Essas informações são cruciais para que os movimentos sejam realizados com precisão. O sistema sensorial desempenha um papel fundamental na modulação do movimento, influenciando diretamente outros sistemas que também contribuem para o movimento funcional.


A fisioterapeuta ajudando o seu paciente com AVC a caminhar

Após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), podem ocorrer diversas alterações sensoriais, incluindo a perda da sensibilidade tátil, proprioceptiva e a percepção de temperatura ou dor. Essas alterações podem resultar em uma incapacidade de perceber a posição dos membros no espaço, comprometendo o equilíbrio e a coordenação motora. A importância desse sistema é ainda mais evidente na recuperação pós-AVC, onde estudos indicam que o prognóstico motor e funcional é menos favorável em pacientes com déficits sensoriais.


Além disso, a ausência de percepção sensorial em um membro pode levar ao fenômeno conhecido como "desuso aprendido." Isso ocorre quando, devido à falta de sensibilidade e ao consequente menor uso do membro, há uma diminuição da representação cortical desse membro no cérebro, resultando em uma redução progressiva da funcionalidade e na capacidade de recuperação.


Esse processo de "neuroplasticidade negativa" pode, contudo, ser evitado ou revertido. A fisioterapia após AVC pode utilizar a estimulação sensorial adequada e engajar o membro em atividades, promovendo a recuperação e a reintegração funcional do membro afetado.


A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento das alterações sensoriais e motoras, utilizando uma ampla gama de técnicas e abordagens terapêuticas para estimular a neuroplasticidade e prevenir o desuso aprendido.


Portanto, é evidente a importância de estimular o sistema sensorial, uma abordagem essencial que não deve ser negligenciada no tratamento fisioterapêutico. A estimulação adequada e o treinamento desse sistema não apenas facilitam a recuperação motora e funcional, mas também previnem o declínio neuromuscular e promovem a reorganização do sistema nervoso, aumentando as chances de sucesso na reabilitação.

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